Cubo de Rubik e estruturas algébricas: uma intervenção sobre teoria dos grupos em licenciandos de matemática.

Abstract

A disciplina de Estruturas Algébricas é conhecida por ser uma das mais difíceis da graduação em Licenciatura em Matemática. Parte da sua dificuldade está relacionado com a abstração dos conteúdos e com a carência de exemplos práticos dos seus conceitos. Sendo assim, a nossa pesquisa tem como objetivo principal analisar se o Cubo Mágico serve de instrumento didático para o ensino de Teoria dos Grupos, e como específico, temos analisar a relação dos licenciandos com a notação utilizada na oficina, investigar a opinião dos estudantes com relação ao Cubo Mágico como instrumento didático, e por fim, analisar as diferentes aprendizagens que seriam construídas, tanto dos licenciandos que já cursaram a disciplina quanto os que ainda iriam cursar. Como subsídio para obtenção dos dados da nossa pesquisa, aplicamos um questionário afim de identificar possíveis erros conceituais referentes à disciplina, em seguida ministramos uma oficina com a finalidade de ensinar conceitos de Estruturas Algébricas com o auxílio do Cubo Mágico, e em seguida aplicamos um segundo questionário com o intuito de verificar se o Cubo foi capaz de criar imagens conceituais coerentes. Nossa pesquisa mostrou que de fato existem erros conceituais por parte dos licenciandos, sobretudo em relação a estruturas não-comutativas e que o Cubo Mágico foi útil para corrigir tais erros, porém apresentou limitações devido à linguagem empregada na Oficina.